Mulher e ponto. By Iolanda Brazão


Mulher.

Olhando assim, frágeis.

Indefesas.

Gatas manhosas.

Princesas

Ah mulher...

Chegaste para despertar.

Seduzir.

Encantar.

Criar polêmicas.

Ironizar.

Com o passar dos anos.

Demarcastes teu lugar.

Agora podes ir onde bem entender.

O fogão já não é tua distração.

Flutuas graciosa pelo salão.

Indo do baile a reunião.

Conquistastes com garra tua emancipação.

És graciosa, faceira!

Às vezes até feiticeira.

Fada encantada.

Não mais gata borralheira.

És especial.

Menina, mulher!

És gloriosa.

Doce.

Formosa.

És tudo que desejares ser.

Mas cuidado...

Prestem bastante atenção.

Em um picar de olhos,

podes virar um dragão.

Para isso basta em ti tocarem a mão.

Então ninguém te conhece mais...

De gatinha manhosa viras serpente.

É só te sentires ameaçada.

Injustiçada.

Trapaceada.

Ah mulheres.

Melhor contigo viver em paz.

Pois não sabem de fato,

do que és capaz.

Por vezes nem precisas falar.

Lanças tua mensagem no olhar.

És privilegiada.

Por Deus fostes abençoada.

Pois dentro de ti,

a semente que provê a vida.

De teu íntimo brota a força amorosa.

Que nutre, regenera e ressuscita.

És soberana.

Senhora.

Rainha.

És mulher e ponto.